Uma situação no mínimo inusitada abalou as estruturas da administração pública de Ilhota nesta semana. Andrea Cordeiro, até então ocupante do cargo de Secretária de Educação do município, foi exonerada de suas funções no dia 1º de março. Porém, para espanto geral, apenas quatro dias depois, em 5 de março, foi nomeada como professora em uma escola pública local por meio de um concurso público. O que mais chama atenção é que, no mesmo dia, ela foi novamente nomeada como Secretária de Educação.
A situação levanta questões sobre os critérios éticos na nomeação e exoneração, além de suspeitas sobre possíveis conflitos de interesse e práticas pouco éticas.
É importante ressaltar que Andrea Cordeiro é funcionária efetiva do estado, com carga horária de 40 horas semanais. Foi cedida exclusivamente pelo estado para ocupar apenas a cadeira de secretaria municipal de educação. Quando cedida para a prefeitura, não poderia assumir mais 40 horas no município.
Essa rápida transição de cargos tem consequências preocupantes, especialmente para as professoras que estavam abaixo dela na hierarquia. A escolha de vagas no concurso público pode ter sido influenciada por sua nomeação como professora, prejudicando aqueles que estavam na expectativa de ascender em suas carreiras.
A ausência de uma explicação clara por parte do Prefeito Dida aumenta ainda mais as suspeitas e a insatisfação da comunidade.
Até o momento, a prefeitura de Ilhota não emitiu qualquer declaração oficial sobre o assunto, alimentando ainda mais a indignação dos cidadãos.
Exige-se uma investigação rigorosa para esclarecer os motivos por trás dessas mudanças repentinas e, aparentemente, injustificadas.
A comunidade de Ilhota merece transparência e prestação de contas por parte de seus representantes. É crucial restaurar a confiança na gestão pública, e isso só será possível mediante uma explicação convincente e uma ação corretiva, se necessário.