A Prefeitura de Gaspar definiu pela prorrogação de intervenção junto ao Hospital de Gaspar por um período de mais seis meses, por meio do Decreto nº 6.137, assinado nesta terça-feira (25). A data da primeira prorrogação venceria no dia 28 de novembro, entretanto, houve uma solicitação da Comissão Interventora ao executivo municipal para que a situação fosse prorrogada. O objetivo da Comissão é dar andamento às ações apontadas como necessárias nestes primeiros meses de avaliação, dando continuidade e melhorando o atendimento à população.
Com a intervenção permanece a atuação da Comissão Interventora, bem como da empresa administradora Amorim & Associados – Consultoria e Saúde – que efetua a gestão operacional da unidade de saúde.
Em maio deste ano, quando a Comissão Interventora assumiu, tomou as primeiras medidas para resolver problemas emergências como oxigênio, lavanderia, alimentação e medicação. Os salários de médicos e funcionários da Unidade foram colocados em dia e situações isoladas e retroativas foram sendo resolvidas. Problemas com a realização de exames de raio-x e a providência de mais uma sala para cirurgias também foram solucionados.
Outra medida adotada pela Comissão Interventora foi a contratação de consultorias na área jurídica e econômica, o qual se buscou um Diagnóstico do Hospital com a Análise Econômica e Financeira e um Diagnóstico Situacional do Faturamento e Sistema de Informação. A Comissão nesse momento trabalha na melhoria da qualidade da assistência à comunidade, além de habilitação de novos serviços com o Ministério da Saúde.
Comissão interventora
A Prefeitura tem nomeado uma Comissão de Intervenção, formada por cinco membros da sociedade civil que tomam as decisões referentes ao Hospital. São eles: Márcia Adriana Cansian, Maurício Antônio Junkes, Ricardo Alexandre Freitas, José Eduardo de Souza e Adilson Carlos Avosani.
As razões da intervenção de maio
– A impossibilidade legal de firmar o convênio entre Prefeitura e Hospital que poderia fazer com que a entidade deixasse de prestar atendimento à população, uma vez que a entidade hospitalar não dispunha de recursos suficientes para atendimento à população;
– A inadimplência do Hospital perante seus compromissos de execução de serviços e repasses financeiros;
– O Hospital vinha enfrentando crises financeiras, que se refletiam ciclicamente, ocasionando ameaças constantes de desatendimento à população;
– O atendimento à população encontrava-se gravemente prejudicado, inclusive com a iminência de saturação da capacidade dos demais hospitais da região;
– Grande parte da construção, reforma e equipamentos do Hospital foram financiados por recursos públicos, sendo que apenas entre os anos de 2009 a 2014 a Administração Municipal injetou mais de R$15milhões, além dos recursos do Estado, da União e de doações da comunidade, que complementaram as necessidades da entidade.
Mais informações:
Secretária de Saúde, Márcia Adriana Cansian: 3332-2020 ou 8827-0162