O Município, por meio do Instituto Itajaí Sustentável (INIS), assinou o decreto que cria o Parque Natural Municipal do Canto do Morcego. O documento foi assinado nesta quarta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, pelo prefeito Robison Coelho, em cerimônia no Iate Clube de Cabeçudas, e contou com a presença de autoridades e lideranças ligadas à proteção do meio ambiente. A criação do parque é um presente à população nos 165 anos da cidade e uma forma de proteger a biodiversidade local, deixando um legado para o futuro. A unidade de conservação abrange uma área de 2,5 hectares, localizada em uma morraria rochosa que avança para o mar, entre os bairros Cabeçudas e Praia Brava.
O local reúne elementos naturais e culturais, como o Farol de Cabeçudas, em funcionamento desde 1902 sob a responsabilidade da Marinha do Brasil, e as praias do Morcego e da Solidão, com destaque para a caverna habitada por morcegos que dá nome à região. O planejamento do parque busca preservar a paisagem, valorizar sua história e oferecer infraestrutura adequada para visitação pública.
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A proposta deve transformar o local em um espaço organizado, acessível e sustentável, reforçando sua identidade como símbolo natural e cultural de Itajaí. As estratégias incluem a proteção ambiental, o fortalecimento da conexão entre comunidade e natureza e o desenvolvimento de projetos baseados na gestão integrada da paisagem.
“Esse é um projeto de longa data para revitalizar esse espaço, para as famílias de Itajaí. É um resgate da nossa história, da nossa cultura. É um espaço importante. Estamos trabalhando numa parceria público‑privada para disponibilizar esse equipamento turístico natural para os visitantes e para todo itajaiense, destaca o prefeito de Itajaí, Robison Coelho.
Para o diretor‑presidente do Invest Itajaí, Nikolas Reis, esse é um marco importante para o município e, para que isso agregue valor à região, é fundamental que a iniciativa privada esteja junto num futuro processo de concessão.
“A área é linda pela própria natureza e tenho certeza de que vamos buscar um parceiro privado e tornar esse parque uma referência nacional.
O parque é estruturado em cinco temas: a península, a paisagem natural compartilhada, a proteção aos navegantes, a oferta de experiências e a educação ambiental. Profissionais de diversas áreas irão desenvolver iniciativas a partir desses temas, destacando as qualidades naturais e culturais da área.
“Um ponto turístico lindo que é a ponta do farol. Esse é um momento extraordinário. Hoje estamos vendo, no mundo inteiro, as pessoas voltando-se para a natureza, querendo sair da correria da cidade. E nós temos um ponto maravilhoso que vai receber um investimento inicialmente do Município, oferecendo uma pequena estrutura, e depois da iniciativa privada”, afirma o vice-prefeito de Itajaí, Rubens Angioletti.
As ações visam preservar o local de forma ecológica e cultural. O plano baseia-se em revisões de propostas anteriores, no contexto político atual e na articulação com órgãos como a Prefeitura de Itajaí, Inis, Marinha e Aprobrava, além de envolver a sociedade no processo.
“É um ganho enorme para a sociedade itajaiense. O local onde as pessoas não tinham condições de visitar agora, com esse projeto, representa uma oportunidade de conhecer essa natureza dentro de uma área urbana. É o maior parque de Itajaí hoje. Temos um ativo de fauna e flora excepcionais, e será preservado. Isso é uma conquista para a cidade, comenta o presidente da Aprobrava, Celso Rauen
“Itajaí precisa crescer, mas com sustentabilidade. Uma unidade de conservação como essa garante que essa área e outras unidades ficarão preservadas. Nós vamos fazer o plano de manejo, vamos fazer as trilhas e abrir para o público com segurança. Quando temos um parque como esse, com regras para visitação, o poder público estará no local com toda a estrutura necessária para manter a preservação ambiental,” finaliza a diretora‑presidente do Inis, Maria Heloísa Lenzi.
